quarta-feira, 14 de outubro de 2009


Amar a família ou comprar uma família?


Desde pequenos um hábito se instala em nós: resolver problemas comprando coisas.
Você já percebeu como essa situação é bastante comum?
Começa quando as crianças vêem anúncios na TV e pressionam os pais para que lhes comprem brinquedos e doces.
Por sua vez, pais e mães também são levados a acreditar que seus filhos serão mais felizes se tiverem mais e mais coisas materiais.
É o consumismo se instalando.
Em vez de enfrentarem essa crise educando a criança, em geral os pais a satisfazem.
É uma atitude que reforça a crença de que se pode ter tudo e que as coisas materiais são a razão da felicidade.
Muitos pais, inclusive, tentam compensar as longas horas ausentes de casa fazendo compras exageradas.
Enchem os filhos de objetos e, rapidamente, as crianças aprendem a negociar.
Tornam-se cada vez mais exigentes e consumistas.
Na adolescência, as compras continuam: aparelhos eletrônicos substituem os brinquedos.
São celulares, computadores e jogos eletrônicos de imediato substituídos, quando surgem novos modelos.
As mesadas se tornam maiores e logo os filhos desaparecem de casa, em companhia de amigos. Vivem em noitadas intermináveis, com fácil acesso ao álcool, fumo e drogadição.
O passo seguinte é comprar-lhes um carro, um apartamento...
E cabe então a pergunta: Nessas quase duas décadas em que vivem com os pais, que aprenderam?
Que exemplos receberam?
Será que conhecem verdadeiramente seus pais?
Estão preparados para amar ou para comprar?
E o que dizer dos pais? Será que realmente conhecem seus filhos?
Sabem de seus sonhos e aspirações?
Já ouviram suas frustrações e problemas?
Chega-se então ao mundo adulto.
E as situações infelizes continuam a ser resolvidas à base de compras.
Roupas e sapatos, carros, vinhos, jóias.
A ostentação esconde a infelicidade.
Falsa é essa felicidade baseada em ter coisas.
Ela estimula o MATERIALISMO e destrói o que temos de mais belo: a convivência familiar, a construção de lembranças preciosas.
Amar a família inclui sustentá-la em suas necessidades, prover o estudo dos filhos, garantir alimentação e lazer.
Mas, muito diferente é substituir a presença do amor pelo presente – por mais ricamente embalado que seja.
Um filho é uma dádiva Divina.
Uma responsabilidade que inclui não apenas dar-lhe coisas materiais, mas dar-lhe suporte emocional, psicológico.
É preciso falar com os filhos, conhecê-los, sondar o que pensam, refletir sobre o que fazem.
O mesmo vale para o casal: depois de alguns anos de convivência, as conversas, antes tão íntimas, costumam ser substituídas por presentes, como flores e jóias.
Aos poucos se esvai a cumplicidade, a parceria e até a atração.
E os pais?
Envelhecem sozinhos, cercados de enfermeiras ou de pessoas pagas para tomar conta deles. Velhos pais, isolados, com suas manias e conversas que ninguém quer ouvir.
Quão felizes seriam com visitas e conversas mais longas.
Por tudo isso, reflita hoje: Estou amando ou comprando minha família?

Texto: momento.com.br

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Não estás deprimido

Não estás deprimido, estás distraído.
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia.
Não estás deprimido, estás distraído.
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado.
Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.
Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições.
Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.
Não existe a morte, apenas a mudança.
És movido pela força natural da vida.
A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha;a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu.
Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.
E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo.”
Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho.
Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
E não te deixes enganar por alguns maus, por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
* * *
Enfrentamos momentos em que os pensamentos depressivos, desencorajadores parecem desejar tomar conta de tudo.Os ombros caem... A voz baixa de tom... Os olhos já não se abrem tanto...Tais momentos, porém, devem durar apenas o tempo da reflexão necessária, o tempo da conquista da sabedoria e, logo depois, devem ser seguidos por nova atitude.
Uma nova atitude de renovação, de mudança, que nos faz trilhar por novos caminhos, com novas forças.
De nada adianta se entregar à inércia emocional.
De nada adianta a autopiedade.
Não são caminhos, são paredes que construímos à nossa frente, impedindo a nós mesmos de prosseguir.
Não nos permitamos distrair pelas mazelas da vida, esquecendo tão facilmente o bem que recebemos sempre.
Não nos deixemos desocupar, abrindo, através da hora vazia, portas e janelas para ondas de pensamento deletério que flutuam no ar.
A desocupação, a inutilidade são polos atraentes de influências perigosas, pelas quais pagaremos alto e amargo custo.
Afastemos a depressão de nosso coração.
Abracemos a vida e o renascer diário com todo nosso amor.

momento.com.br, com citação de texto de Facundo Cabral, que circula pela Internet.Em 05.10.2009.


DINHEIRO!!!!