terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A melhor idade do amor.
A melhor idade do amor.
Sábado, dez horas e vinte e um minutos da manhã.
Chuva insistente de outono.
Um casal adentra uma panificadora para tomar café.
Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.
Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele.
Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.
A diferença de idade é gritante. Não mais de quarenta, ela.
Próximo aos oitenta, ele.
Ele olha para fora pela janela entreaberta.
Ela sorri, carinhosa.
Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?
Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.
E você? Onde nasceu? - Volta a inquirir a mulher.
Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.
E o que você lembra de lá?
Ah... Muitas coisas... - Responde ele, com leve sorriso.
Então, silencia.
Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste.
Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.
Sabe... Acho que tive uma vida feliz...
Ela permanece interessada.
Um interesse de primeiro encontro.
Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.
Respira fundo.
Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.
Você só casou uma vez?
- Pergunta ela, com certo embaraço na voz.
Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.
Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente.
Esboça um sorriso para disfarçar.
Olha para a mesa. Ainda resta um pão.
Pode comer. Já estou satisfeita.
Almoçamos juntos amanhã?
- Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.
Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos.
Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...
Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...
Não tem problema. - Diz ela, carinhosa.
- Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.
Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre.
Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não "enferrujar".
- Conclui ele.
É verdade... - Ela suspira. - Precisamos cuidar da memória...
Novamente um longo silêncio entre os dois.
Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.
Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.
Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.
Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:
Pai... Pai... Posso pedir a conta?
Ele acena positivamente. A conta chega.
Ela se levanta primeiro, vai em direção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.
Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.
* * *
Foram nossos genitores que nos proporcionaram um corpo, abençoado instrumento de trabalho para o nosso progresso, bem como um lar.
Pensando em tudo isso, louve aos seus pais.
Cuide deles, agora quando estão velhos, alquebrados, frágeis ou doentes.
Faça o possível para não os atirar nos tristes quartinhos dos fundos da casa, aonde ninguém vai.
Não se furte à alegria de apresentá-los aos seus amigos e às suas visitas;
Ouça o que eles tenham a dizer.
Quando estejam em condições para isso, leve-os para as refeições à mesa com você.
Retribua, assim, uma parcela pequena do muito recebido por seus genitores anos atrás.
Texto: momento.com.br
domingo, 9 de janeiro de 2011
INSATISFAÇÕES...a doença do SÉCULO.
Confúcio (Kung-Fu-Tse)
sábado, 1 de janeiro de 2011
Como nosso cérebro é ENGANADO.
Já sabemos que nos acostumamos a tudo e que conseguimos ser felizes mesmo depois de uma tragédia.
Qualquer livro de autoajuda barata diz isso.
Mas o que explica o fato de os ganhadores da loteria não estarem muito acima, em termos de contentamento, do que os que foram obrigados a andar de cadeira de rodas?
"A adaptação é uma propriedade dos neurônios."
"As células nervosas respondem vigorosamente a um novo estímulo, mas gradualmente se habituam a ele", diz o professor de psicologia da Universidade de Virgínia, Jonathan Haidt, em seu livro Uma Vida que Vale a Pena (Campus).
O outro lado dessa acomodação é o fenômeno que com o passar do tempo nos faz deixar de ver graça até em coisas boas.
Por isso podemos ficar habituados a dirigir um carro de luxo ou a comer caviar diariamente no jantar, por exemplo.
É a chamada adaptação hedônica, sobre a qual os cientistas da felicidade vêm se debruçando recentemente.
O conceito explica o fato de que nossa alegria com novas conquistas, ainda que muito aguardadas, nunca dure tanto quanto prevemos.
É o que faz com que as botas caríssimas compradas pela estudante Mayara signifiquem um prazer passageiro e sejam esquecidas em pouco tempo.
O truque para postergar essa adaptação seria apostar em experiências em vez de bens materiais.
Uma geladeira é sempre uma geladeira, já um jantar, ainda que no mesmo restaurante, é sempre diferente.
A adaptação hedônica está ligada diretamente à quantidade de dinheiro em sua carteira.
Se uma pessoa sabe que tem o suficiente para pagar por qualquer tipo de prazer, obterá menos satisfação com ele.
"O que é garantido não tem a mesma graça para nosso cérebro quanto o que precisa ser conquistado", afirma a neurocientista carioca Suzana Herculano-Houzel, autora do livro Fique Bem com seu Cérebro - Guia Prático para o Bem-Estar em 15 Passos (Sextante).
"Foi descoberto que o pico máximo de prazer em nossa mente ocorre ao planejarmos algo que tem 50% de chance de dar certo", diz.
"Quando temos 100% de certeza, a liberação dos neurotransmissores da felicidade é menor."
Capacitismo - Marcos Mion
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