terça-feira, 2 de junho de 2009

Enquanto tantos reclamam da vida, outros vão seguindo em frente sem reclamar.





Um silêncio eloquente

O hábito de reclamar e altercar é bastante difundido.

Ante a mínima contrariedade ou decepção, reclamações e discussões costumam surgir.

Tem-se a impressão de que todos esperam uma vida perfeita.

Como a perfeição não é deste mundo, explodem os destemperos e os atritos.

A esposa se agasta com a pouca atenção que sustenta receber do esposo.

O empregado reclama das exigências do patrão.

O chefe se irrita com as falhas dos subordinados.

Irmãos se atacam, sob o menor pretexto.

Estudantes blasfemam contra o professor exigente.

Mestres discursam a respeito da pouca dedicação de seus discípulos.

Quem tem alguma enfermidade se acha uma vítima da vida.

Aquele que cuida de parente enfermo também bufa contra o destino.

De um modo ou de outro, as criaturas em geral parecem contrariadas.

À míngua de um mundo cor-de-rosa no qual possam viver, fazem com que todos saibam que estão descontentes.

Não têm o cuidado de processar no próprio íntimo os seus dissabores.

Não se indagam da razão pela qual passam por dificuldades.

Especialmente, olvidam o silêncio como forma de preservar a paz do próximo.

Mas há um exemplo sobre o qual convém refletir.

Trata-se do comportamento de Jesus logo após Sua prisão.

O Mestre Divino jamais poderia ser acusado de omisso.

Sempre Se posicionou com firmeza, em defesa do bem e da verdade.

Levantou com desassombro Sua voz contra as hipocrisias dos fariseus.

Esclareceu de modo vigoroso os que faziam do Templo um local de comércio.

Contudo, na hora de Seu testemunho maior, calou a própria voz.

A caminho do calvário, passou em espetáculo para o povo, com a alma mergulhada em um maravilhoso e profundo silêncio.

Sem proferir a mais leve acusação, caminhou humilde, coroado de espinhos.

Não Se agastou com a ignorância que Lhe colocou nas mãos uma cana imunda, à guisa de cetro.

Não Se incomodou com as cusparadas dos populares exaltados.

No momento do calvário, Jesus atravessou as ruas de Jerusalém em um silêncio pleno de significados.

Como se desfilasse diante da Humanidade inteira, ensinou a virtude da tranquila submissão à vontade de Deus.

* * *

Antes de reclamar da vida, reflita sobre esse exemplo.

Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício.

Entretanto, você certamente ainda carece de muitas experiências para completar seu processo evolutivo.

Se a vida lhe faz exigências, aquiete-se.

Não espere a todo momento ser auxiliado e compreendido.

Habitue-se a ser quem entende e ampara.

Tendo em mente o maravilhoso silêncio de Jesus, aprenda a também silenciar suas queixas



Texto: momento.com.br

segunda-feira, 1 de junho de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

VOCÊ É FORTE.

Quantas vezes nós reclamamos de coisas tão BOBAS, e aí vemos este Ser Humano, que nos da uma tremenda LIÇÃO DE VIDA.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Qual destes pedintes vc acha que merece mais ESMOLAS??? Se a sua escolha for pela cor da pele e não pela necessidade, aí já começa o PRECONCEITO.

Quem é digno?

Preconceito é o conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos.
É um pré-julgamento.
Justamente por se tratar de um conceito exarado de forma aleatória, tem sido causador de muitas injustiças.
Por causa do preconceito racial, guerras foram desencadeadas.
Nações se arvoraram como superiores a outras e submeteram à escravidão os julgados inferiores.
Por causa do preconceito, a criança mais agitada ou sagaz, o canhoto, o diferente foi tido como merecedor de castigo.
Simplesmente por destoar dos demais.
O preconceito separa as pessoas, segrega comunidades e entrava o progresso.
De se estranhar, portanto, quando o preconceito vige entre os que se afirmam religiosos.
Preconceito entre adeptos de religiões diferentes, julgando-se uns credenciados com exclusividade ao reino dos céus, apontando formas de infelicidade aos que não seguem a mesma expressão de fé.
A questão assume proporções mais graves quando se observa o mal estar causado pela presença de determinadas pessoas no templo de uma ou outra denominação religiosa.
Como, comenta-se, Fulano, com uma ficha de tantos desacertos, ousa adentrar o templo religioso?
Como pode, com tantos erros?
Quando tais disparates são expressos, nos recordamos de que, se os cristãos primitivos assim agissem, jamais teríamos conhecido o inigualável valor de Paulo de Tarso.
Ele trazia as mãos tintas do sangue da primeira execução de um seguidor de Jesus.
Ele era o perseguidor da Boa Nova.
Mas o perseguidor se torna arauto do Evangelho.
E perseguido, dará testemunho da Verdade, até a morte.
A ele se deve a propagação do Evangelho além-fronteiras de Israel.
Jesus dizia que Ele não viera para os sãos, porque esses não necessitam de médico.
Eu vim para as ovelhas perdidas, afirma, mais de uma vez.
Por isso, quebra as barreiras do preconceito e tem um encontro com a Samaritana, no Poço de Jacó.
Cura o servo do centurião romano, e louva-lhe a conduta, confessando publicamente jamais ter encontrado, em Israel, tal expressão de fé.
Aceita convites para as refeições e se faz presente em casa de ex-leprosos e publicanos.

Anda com mulheres tidas como de má vida.
Concede entrevistas ao doutor da lei, ao jovem rico, à mulher do intendente de Herodes.
Todos são credores do Seu amor e da misericórdia do Pai.
* * * Se nosso Modelo e Guia assim procedeu, pensemos quanto mais não devemos nós, ainda tão frágeis, tão problemáticos, olhar com compaixão aos que, como nós, tentam acertar, nem sempre alcançando êxito.
Tanto quanto a ida ao templo de nossa fé nos reabastece de energias, não coloquemos entraves a outrem que busque os mesmos benefícios.
Se há erro, culpa nele, o problema compete à Justiça Divina.
A nós compete o apoio de irmão, o ombro amigo, a caridade da compreensão.


Pensemos nisso.

Texto: momento.com.br

sábado, 2 de maio de 2009


Retrato de mãe



Uma Simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça pensa como uma anciã e, sendo velha , age com as forças todas da juventude;
quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome desta mulher se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum: porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página: eles lhes cobrirão de beijos a fronte; e dirão que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe.

(Tradução de Guilherme de Almeida)
Autor: Don Ramon Angel Jara - Bispo de La Serena -Chile

DINHEIRO!!!!