quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Amar a família ou comprar uma família?


      Amar a família ou comprar uma família?

Desde pequenos, um hábito se instala em nós: resolver problemas comprando coisas. 


Você já percebeu como essa situação é bastante comum?

Começa quando as crianças veem anúncios na TV e pressionam os pais para que lhes comprem brinquedos e doces.

Por sua vez, pais e mães também são levados a acreditar que seus filhos serão mais felizes se tiverem mais e mais coisas materiais.

É o consumismo se instalando. 

Em vez de enfrentarem essa crise educando a criança, em geral os pais a satisfazem.

É uma atitude que reforça a crença de que se pode ter tudo e que as coisas materiais são a razão da felicidade.

Muitos pais, inclusive, tentam compensar as longas horas ausentes de casa fazendo compras exageradas.

Enchem os filhos de objetos e, rapidamente, as crianças aprendem a negociar. 

Tornam-se cada vez mais exigentes e consumistas.

Na adolescência, as compras continuam: aparelhos eletrônicos substituem os brinquedos. 

São celulares, computadores e jogos eletrônicos de imediato substituídos, quando surgem novos modelos.

As mesadas se tornam maiores e logo os filhos desaparecem da casa, em companhia de amigos. 

Vivem em noitadas intermináveis, com fácil acesso ao álcool, fumo e drogas.

O passo seguinte é comprar-lhes um carro, um apartamento...

E cabe então a pergunta: nessas quase duas décadas em que vivem com os pais, o que aprenderam? 

Que exemplos receberam?

Será que conhecem verdadeiramente seus pais? 

Estão preparados para amar ou para comprar?

E o que dizer dos pais? 

Será que realmente conhecem seus filhos? 

Sabem de seus sonhos e aspirações? 

Já ouviram suas frustrações e problemas?

Chega-se então ao mundo adulto. 

E as situações infelizes continuam a ser resolvidas à base de compras.

Roupas e sapatos, carros, vinhos, joias. 

A ostentação esconde a infelicidade.

Falsa é essa felicidade baseada em ter coisas. 

Ela estimula o materialismo e destrói o que temos de mais belo: a convivência familiar, a construção de lembranças preciosas.

Amar a família inclui sustentá-la em suas necessidades, prover o estudo dos filhos, garantir alimentação e lazer. 

Mas, muito diferente é substituir a presença do amor pelo presente, por mais ricamente embalado que seja.

Um filho é uma dádiva divina. 

Uma responsabilidade que inclui não apenas dar-lhe coisas materiais, mas dar-lhe suporte emocional, psicológico.

É preciso falar com os filhos, conhecê-los, sondar o que pensam, refletir sobre o que fazem.

O mesmo vale para o casal: depois de alguns anos de convivência, as conversas, antes tão íntimas, costumam ser substituídas por presentes, como flores e joias.

Aos poucos se esvai a cumplicidade, a parceria e até a atração.

E os pais? 

Envelhecem sozinhos, cercados de enfermeiras ou de pessoas pagas para tomar conta deles. 

Velhos pais, isolados, com suas manias e conversas que ninguém quer ouvir.

Quão felizes seriam com visitas e conversas mais longas.


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