sábado, 21 de abril de 2012




                                            Contentar-se
Em sua Epístola aos filipenses, Paulo de Tarso afirmou já ter aprendido a se contentar com o que tinha.

Trata-se de uma reflexão interessante e muito atual.


A vertigem da posse avassala a maioria das criaturas da Terra.


Homens e mulheres perdem a paz e, muitas vezes, a dignidade, na busca de riquezas.


Multiplicam suas atividades, para muito além do necessário, a fim de possuir muitas coisas.


Com tal proceder, deixam de prestar atenção em questões graves da existência humana.


Para ter mais e mais, abdicam do convívio com amigos e familiares e se deixam tomar pelo egoísmo.


A vida simples constitui uma condição da felicidade relativa que o planeta pode oferecer.


Contudo, ela foi esquecida por grande parte dos homens.


A Espiritualidade informa que a esmagadora maioria das súplicas que partem da Terra não se alça a planos superiores.


Elas não conseguem avançar além de seu acanhado âmbito de origem.

Isso porque os pleitos dirigidos à Divindade costumam conter estranhos absurdos.

Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas necessidades.


Raríssimas pedem apenas o pão de cada dia, como símbolo das aquisições materiais indispensáveis.


O homem incoerente não procura saber se possui 
o menos para a vida terrena.

Ele costuma andar ansioso pelo 
mais nas possibilidades transitórias.

Geralmente, permanece absorvido pelos interesses perecíveis.


Insaciado, inquieto, vive sob o tormento angustioso de desmedida ambição.


Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence.


Desvaloriza e considera pouco o que a Sabedoria Divina lhe depositou nas mãos.


Olvida que renasceu para se pacificar e tornar virtuoso, e não para amontoar coisas que deixará ao morrer.


Com isso, atira-se em aventuras de consequências imprevisíveis, em face de seu futuro infinito.


Quem já entende a finalidade superior da existência terrena, precisa se esforçar para sair desse círculo vicioso.


De nada adianta gastar todas as energias em questões transitórias, com esquecimento do objetivo essencial da vida humana.


Cedo ou tarde, a morte de forma simples e clara revela a cada um o que é de fato importante.


Para não se arrepender amargamente, importa analisar a essência dos próprios desejos.


Faz sentido arder de cobiça pelo que ficará em suas mãos por reduzidos instantes?


Não é melhor libertar-se de tanto apego e prestar atenção em questões mais importantes, como a família, os amigos e as dores que pode amenizar?


Há muitos séculos, Paulo de Tarso iluminou-se ao aprender a contentar-se com o que tinha.


Ninguém fará essa lição por você.

Pense nisso.
 

 

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domingo, 8 de abril de 2012

O vestido azul


                                      O vestido azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita.

Ela frequentava a escola local.

Sua mãe não tinha cuidados com ela e a criança quase sempre se apresentava suja.

Suas roupas eram velhas e maltratadas.

O professor ficou penalizado com a situação da menina.

Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo.

Ela ficou linda no vestido azul.

Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola.

Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas.

Quando acabou a semana, o pai falou: Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços?

Que tal você ajeitar a casa?

Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores, que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes.

Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.

Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado.

Um religioso, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades.

Foi ao Prefeito expor suas ideias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra.

Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul.

Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro.

Ele fez o que podia, deu a sua parte.

Fez o primeiro movimento que acabou estimulando a que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias.

* * *

Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?

Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?

Se somos, sigamos o exemplo do professor e lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas.

Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.

É difícil reconstruir um bairro mas é possível dar um vestido azul.

* * *

Podemos fazer mais em favor da Humanidade se nos dispusermos.

Estendamos a mão para alguém caído.

Digamos uma palavra gentil para alguém.

Presenteemos um amigo com uma flor.

Façamos sorrir alguém triste.

Abracemos com ternura um desafortunado.

Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.

Ninguém dispensa um amigo, nem um gesto de socorro.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Confúcio e a perseverança.



O mestre da antiguidade, Confúcio, elaborando ideias a respeito da perseverança, afirma:

Se há pessoas que não estudam ou que, se estudam, não aproveitam, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não interrogam os homens instruídos para esclarecer as suas dúvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, não conseguem ficar mais instruídas, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não meditam ou que, mesmo que meditem, não conseguem adquirir um conhecimento claro do princípio do bem, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, não têm uma percepção clara e nítida, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, não podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que não se desencorajem e não desistam.

O que outros fariam numa só vez, elas o farão em dez.

O que outros fariam em cem vezes, elas o farão em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-á uma pessoa esclarecida; por mais fraco que seja, tornar-se-á necessariamente forte.


terça-feira, 20 de março de 2012

Cuidando do corpo


                                          Cuidando do corpo

Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. 

A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. 

Baixa o nível de hormônios. 

O ciclo de sono é interrompido.

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. 

Os receptores neuropeptídios, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

Abrir nosso coração para a alegria, às coisas positivas é medida salutar. 

Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:
Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

Pois estas coisas os gentios buscam. 

De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! 

Basta a cada dia o seu mal. 

Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

E mais: Andai como filhos da luz.

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. 

Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho? 









Com dizeres do texto Mutantes, de 
Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do 
Evangelho de Mateus.

terça-feira, 6 de março de 2012

Pai, eu estou observando você.




Pai, eu estou observando você


Pai...

Você não sabe disto agora... mas eu estou observando você.

Observando as coisas que você faz.

Observando como você trata as pessoas.

O modo como você trata a mim, a minha mãe e a minha irmã.

O modo como você vive está tendo um grande impacto em mim.

Quando chegar a minha hora de escolher uma profissão,
e prover minha família, a sua ética no trabalho estará na minha mente.

O tempo que você passa comigo, mesmo que fazendo algo bobo, fará com que eu me sinta mais confiante.

Haverá momento em minha vida, em que lutarei com minha integridade e, talvez, não esteja certo do que fazer.

Mas me recordarei de como você defendia aquilo que era correto, mesmo quando você podia ter olhado para o outro lado.

Algumas das escolhas que você está fazendo, eu também farei.

Por favor, não tenha medo de me mostrar seus fracassos,
de mostrar os seus erros.

Eu aprenderei com eles.

Pai, você está ouvindo?

Eu estou observando você...

Observando se você crê realmente naquilo que fala sobre Deus.

Eu preciso da sua ajuda para me mostrar o caminho.

Mostrar-me como viver uma vida que não é segura.

Mas é boa!

Eu estou observando, pai.

Todos os dias.

Você está me ensinando como viver... Ainda que não saiba disso.

* * *

O exemplo é fundamental no processo de aprendizado de qualquer ser humano, sobretudo no seu período infantil.

As referências que o filho tem em casa, daqueles que são seus tutores na nova vida, serão determinantes para a moldagem de seu caráter.

Há uma tendência, perfeitamente natural, de repetirmos a conduta de nossos pais.

A influência é tão forte, que extrapola a parecença comportamental e se estende até a semelhança dos gestos, da maneira de falar, de organizar ideias, etc...

São esses referenciais de conduta que irão ser confrontados, já a partir da primeira infância, com tudo aquilo que a alma imortal traz em sua bagagem milenar.

Se as referências forem positivas, há uma chance muito maior de que o filho venha a obter sucesso em sua nova jornada.

Por isso, pais e mães, muito cuidado com o que estamos passando aos nossos filhos.

Não só através de palavras, de discursos, mas sobretudo através de nossa conduta.

Tudo que apresentarmos como normal na vida no lar, tende a se normalizar na vida da criança.

Os filhos estão nos observando sempre e construindo, em cada momento ao nosso lado, seu sucesso ou infelicidade futuros.

Todos ganhamos quando passamos a vigiar nossa maneira de agir no mundo: os filhos, pois terão referencial seguro, maduro.

Os pais, pois conseguem a motivação que lhes faltava para se auto transformarem.

A oportunidade da convivência familiar é única.

Aproveitemos com sabedoria.

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domingo, 4 de março de 2012




Dez bons conselhos para cidadãos honestos e prestantes, de João Ubaldo Ribeiro

1- Não seja tutelado – não permita que as pessoas resolvam as coisas por você, por mais que o problema seja chato de enfrentar. Não finja que acredita em nada do que não acredita; não deixe que lhe imponham uma opinião que você está vendo que não pode ser sua.
2- Não seja colonizado – tenha orgulho de sua herança, não seja subserviente com o estrangeiro, não se ache inferior. Coma o que gostar, fale como gostar, vista-se como gostar – seja como seu povo, não seja macaco.
3- Não seja calado – seja calado só por educação, até o ponto que isto não o prejudicar. Se prejudicar, só cale a boca quando deixar de prejudicar. Não seja insolente e não tolere a insolência.
4- Não seja ignorante – não ser ignorante é um dos mais sagrados direitos que você tem e, se você não usa voluntariamente esse direito, merece tudo o que de adverso lhe acontece. Se você sabe fazer bem o seu trabalho e conduzir corretamente sua vida, você não é ignorante. Mas, se recusar todas as oportunidades possíveis para aprender, você é. Se lhe negam o direito a não ser ignorante, você tem o direito de se rebelar contra qualquer autoridade.
5- Não seja submisso –reconheça suas faltas, mas não se humilhe. Não existe razão na natureza que diga que você tem de ser submisso a qualquer pessoa. Toda tentativa de submetê-lo é muitíssimo grave.
6- Não seja indiferente – ser indiferente em relação ao semelhante ou ao que nos rodeia, quer você seja religioso ou não, é um dos maiores pecados que existem, porque é um pecado contra nós mesmos, um suicídio.
7- Não seja amargo – as coisas acontecem, aconteceram, ficam acontecidas. Se você for amargo, essas coisas continuam acontecendo. Construa sempre.
8- Não seja intolerante – alegre-se com a diversidade humana. Procure honestamente entender os outros. Só não seja tolerante com os inimigos conscientes e comprometidos com o seu fim.
9- Não seja medroso – todo mundo tem medo, mas a pessoa não pode ser medrosa. Para viver e fazer, é necessário manter uma coragem constante e acesa. Isto consiste em vencer a própria pequenez e é um dever e uma obrigação para com nós mesmos.
10- Não seja burro – sim, não seja burro. Normalmente, quando você está infeliz, você está sendo burro. Quando você está sendo explorado, você é sempre infeliz.

DINHEIRO!!!!