quarta-feira, 6 de março de 2019

O que faz uma pessoa ser FELIZ...



                 VÍDEO E TEXTO

O que realmente nos faz felizes? 

As lições de uma pesquisa de Harvard que há quase oito décadas tenta responder essa pergunta
BBC BRASIL.com
23 NOV2016


Robert Waldinger é o quarto diretor do estudo, que começou há mais de sete décadas: 'o estudo mais longo sobre a felicidade'

Por 76 anos, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, têm procurado uma resposta.

O Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto ( Study of Adult Development , no original em inglês) começou em 1938, analisando 700 rapazes - entre estudantes da renomada universidade e moradores de bairros pobres de Boston.

A pesquisa acompanhou esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional. 

O estudo continua agora com mais de mil homens e mulheres, filhos dos participantes originais.

O atual diretor do estudo, o quarto desde o início, é o psiquiatra americano Robert Waldinger, que também é um sacerdote zen. 

Sua palestra no TED (sigla em inglês para Tecnologia, Entretenimento, Design): O que torna uma vida boa? 

Lições do estudo mais longo sobre a felicidade, viralizou na internet. 

O vídeo da conferência já foi baixado mais de 11 milhões de vezes.

Há muitas conclusões deste estudo, disse Waldinger à BBC. 

Mas o fundamental, que ouvimos uma vez ou outra, é que o importante para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida, é a qualidade dos nossos relacionamentos".

Conectados

O que descobrimos é que, no caso das pessoas mais satisfeitas em seus relacionamentos, mais conectadas ao outro, seu corpo e cérebro permanecem saudáveis por mais tempo, afirma o acadêmico americano.

Uma relação de qualidade é uma relação em que você se sente seguro, em que você pode ser você mesmo. 

Claro que nenhum relacionamento é perfeito, mas essas são qualidades que fazem com que a gente floresça.

No outro extremo, há a experiência da solidão, sentimento subjetivo de sermos menos conectados do que gostaríamos.

Estou fazendo as coisas que têm significado para mim? 

Esse é o tipo de pergunta que devemos nos fazer quando falamos de felicidade, sugere Waldinger.

Não se trata de ser feliz em todos os momentos, porque isso é impossível, e todos nós temos dias, semanas ou anos difíceis.

E a fama?

Não é que seja ruim, há celebridades felizes e também infelizes, avalia.

O mesmo vale para o dinheiro. 

O estudo mostra que, além de um nível onde as nossas necessidades são satisfeitas, o aumento da renda não necessariamente traz felicidade.

Nós não estamos dizendo que você não pode querer ganhar mais dinheiro ou estar orgulhoso do seu trabalho. 

Mas é importante não esperar que sua felicidade dependa dessas coisas, destaca.

Registros médicos

Os participantes do estudo responderam, ao longo de décadas, questionários sobre sua família, seu trabalho e sua vida social.

Também tivemos acesso aos seus registros médicos, de modo a avaliar a saúde deles, não só pelo que diziam, mas também pelo que seus médicos e exames relatavam, explica.

Ele conta que, quando começou a trabalhar no estudo, em 2003, também gravou vídeos dos participantes falando com suas esposas sobre suas preocupações mais profundas.

E enviamos a seus filhos perguntas sobre o relacionamento com seus pais, acrescenta.

Os participantes foram submetidos ainda a exames de sangue para checagem de indicadores de saúde e, inclusive, análise de DNA.

Alguns autorizaram escanear seu cérebro e doaram o órgão para que pudéssemos estudá-lo em relação a todos os outros dados que já tínhamos coletado sobre sua vida, contou.

Na minha própria vida

Quando a palestra de Waldinger se tornou viral, o acadêmico resolveu fazer um retiro por três semanas.

A tradição Zen sustenta que a contemplação nos ajuda a manter os pés no chão e focar no que é mais importante na vida, escreveu Waldinger, na ocasião.

Diante da enorme repercussão, o acadêmico criou um blog na internet sobre o estudo.

E revela que a pesquisa também teve um impacto profundo na sua vida.

Me fez prestar mais atenção nos meus próprios relacionamentos, não só em casa, mas no trabalho e na sociedade, contou à BBC.

Percebi que meus relacionamentos me dão energia quando invisto neles, quando lhes dedico tempo. 

Se tornam mais vivos e não desgastantes, acrescentou.

A tendência é nos isolarmos, ficar em casa para ver televisão ou nas redes sociais. 

Mas, na minha própria vida, eu percebi que sou mais feliz quando não estou fazendo isso.

Oferecer nossa presença 

Para Waldinger, investir em um relacionamento significa estar presente.

Isso faz parte da minha vida como praticante Zen. 

O que eu percebo é que, quando oferecemos nossa atenção total, nos sentimos mais conectados uns aos outros, e isso também acontece no ambiente de trabalho.

Não se trata de passar mais tempo no trabalho, mas de prestar mais atenção no outro, para se conectar mais com as pessoas, em vez de dar como certo que o outro estará sempre ali, explica.

Conflitos Waldinger reconhece que pode ser difícil não perder de vista o que realmente importa.

Em parte, isso se deve ao bombardeio de mensagens que recebemos - anúncios de publicidade dizendo, diariamente, que se comprarmos algo seremos mais felizes ou amados.

E, nos últimos 30 ou 40 anos, se glorificou a riqueza. 

Há bilionários que são heróis só porque são bilionários.

Essa medida parece mais fácil porque as relações são difíceis, mudam, são complicadas.

Qual a mensagem final de Waldinger para os leitores da BBC?

Eu diria que eles devem tentar construir laços com as outras pessoas. 

E é particularmente importante fazer isso com quem se tem algum conflito.

De acordo com o psiquiatra americano, o estudo deixou claro algo que é importante lembrar:

Conflitos minam, de fato, a nossa energia. 

E acabam com a nossa saúde.


PS: Como manter contato com amigos, familiares e vizinhos com um mundo cada vez mais individualista????
Por aí vemos que estamos indo num caminho sem volta, um futuro de pessoas solitárias com seus Smartfones nas mãos!!!!

Hoje com as Redes Sociais e o Whatsap as pessoas se mostram, dizem coisas que nunca falariam olho no olho, ficou fácil separar o joio do trigo, confesso que tenho muita dificuldade em fazer amizades como antigamente, aquela amizade de visitar uns aos outros, festas de aniversário, convidar para ir passar uns dias na casa da praia, enfim: Tenho saudades daqueles tempos onde todos se respeitavam!

Ronaldo Perrotta

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Reizinho do lar...



Os pais de hoje estão criando monstrinhos do futuro, uma geração do não estou nem aí!!!!!!!!!!! 

Só que la na frente vão sofrer muito com tudo isso!!!!! 

Ronaldo Perrotta

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Abraço de filho...


                                           Abraço de filho

Abraço de filho deveria ser receitado por médico.

Há um poder de cura no abraço que ainda desconhecemos.

Abraço cura ódio.

Abraço cura ressentimento.

Cura cansaço.

Cura tristeza.

Quando abraçamos soltamos amarras.

Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma...

Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração.

Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.

E nada como o abraço de um filho...

Abraço de Eu amo você.

Abraço de Que bom que você está aqui.

Abraço de Ajude-me.

Abraço de urso.

Abraço de Até breve.

Abraço de Que saudade!

Quando abraçamos, a felicidade nos visita por alguns segundos e não temos vontade de soltar.

Quando abraçamos somos mais do que dois, somos família, somos planos, somos sonhos possíveis.

E abraço de filho deveria, sim, ser receitado por médico pois rejuvenesce a alma e o corpo.

Estudos já mostram, com clareza, os benefícios das expressões de carinho para o sistema imunológico, para o tratamento da depressão e outros problemas de saúde.

O abraço deixou de ser apenas uma mera expressão de cordialidade ou convenção para se tornar veículo de paz e símbolo de uma nova era de aproximação.

Se a alta tecnologia – mal aproveitada – nos afastou, é o abraço que irá nos unir novamente.

Precisamos nos abraçar mais.

Abraços de família, abraços coletivos, abraços engraçados, abraços grátis.

Caem as carrancas, ficam os sorrisos.

Somem os desânimos, fica a vontade de viver.

O abraço apertado nos tira do chão por instantes.

Saímos do chão das preocupações, do chão da descrença, do chão do pessimismo.

É possível amar de novo, semear de novo.

É possível renascer.

E os abraços nos fazem nascer de novo.

Fechamos os olhos e quando voltamos a abri-los podemos ser outros, vivendo outra vida, escolhendo outros caminhos.

Nada melhor do que um abraço para começar o dia.

Nada melhor do que um abraço de Boa noite.

E, sim, abraço de filho deveria ser receitado por médico, várias vezes ao dia, em doses homeopáticas.

Mas, se não resistirmos a tal orientação, nada nos impede de algumas doses únicas entre essas primeiras, em situações emergenciais.

Um abraço demorado, regado pelas chuvas dos olhos, de desabafo, de tristeza ou de alívio.

Um abraço sem hora de terminar, sem medo, sem constrangimento.

Medicamento valioso, de efeitos colaterais admiráveis para a alma em crescimento.

* * *
Mas, se os braços que desejamos abraçar estiverem distantes?

Ou não mais presentes aqui?

O que fazer?

Aprendamos a abraçar com o pensamento.

O pensamento e a vontade criam outros braços e nossos amores se sentem abraçados por nós da mesma forma.

São forças que ainda conhecemos pouco e que nos surpreenderão quando as tivermos entendido melhor.

Abraços invisíveis a olho nu, mas muito presentes e consoladores para os sentidos do Espírito imortal, que somos todos nós.

DINHEIRO!!!!