terça-feira, 15 de outubro de 2019

Autoestima por Ana Luisa Testa


Ao meu ver, a autoestima é uma das jóias mais preciosas que alguém pode ter. 

Estimar-se, valorizar-ser, amar aquilo que é. 

Essa experiência é absolutamente íntima, e depende de como me vejo e do que sinto por mim.

Atualmente vejo este termo muito relacionado à aparência física, como se autoestima significasse uma auto avaliação estética. 

Longe de ser só isso!!! 

Não raro aqueles que se preocupam excessivamente com este aspecto o fazem para compensar uma sensação de menos valia através da aprovação externa. 

Uma baixa autoestima pode ser camuflada por uma autoestima inflada, na qual a pessoa precisa afirma-se o tempo todo publicamente. 

E então procuramos preencher esse sentimento de valor pessoal buscando elementos que são valorizados coletivamente: dinheiro, status, beleza, potência de ação, juventude, poder, e assim por diante. 

E por mais que se pregue que a autoestima deva partir de dentro, ela certamente pode ser afetada pela visão que o outro tem de nós. 

Por isso ir atrás desses valores coletivos pode funcionar, o problema de afirmar-se com essas bases é que são valores fugidios. 

Quanto tempo dura a beleza? 

O poder? 

Não raro esses indivíduos entrarão em crise quando esses elementos não estiverem mais presentes – numa doença, na velhice, numa crise financeira, etc…

A boa autoestima é composta por autoaceitação, inclusive das limitações que se tem. 

É vivenciar o direito de existência, é adotar uma postura responsável perante a própria vida – sendo autor dessa obra de arte, e não vítima. 

É ter cuidado consigo, fisicamente, psiquicamente, e espiritualmente. 

É viver livre de culpa por ser quem se é, pois nada pior do que uma auto exigência severa para aniquilar o amor próprio. 

É levar-se a sério e respeitar suas posições, pensamentos, sentimentos e desejos. 

É ser fiel a si próprio, sendo honesto, autêntico e assumindo posições (sem que isso signifique que tenha que agredir o outro). 

É ter autoconfiança, de forma contextualizada. 

E por fim, por mais que possa parecer contraditório, é não levar-se tão a sério assim. 

Autorize-se a errar, a fazer papel de bobo, a não estar pronto e nem a ser perfeito.

Psicologicamente podemos dizer que a autoestima inflada está enraizada nos valores quem compõem a persona, por isso se atrela tanto a papéis e a valores coletivos. 

E a boa autoestima se pauta num “eu” mais profundo, quem tem direito de existir, de ser amado e de cumprir o seu destino.

Ainda esse mês pretendo escrever um post sobre como podemos ajudar nossos filhos, parceiros e amigos a construírem uma boa auto estima. 

Acho que precisamos rever a forma como isso tem sido feito, pois a questão não tem somente impactos individuais, mas também sociais.

Autora: Ana Luisa Testa

A professora que fez a diferença



Minha homenagem a todos Professores Herois deste nosso Brasil!!!

Ronaldo Perrotta

domingo, 13 de outubro de 2019

O complexo de Jocasta


Jocasta foi a mãe de Édipo (ler último post sobre o Complexo de Édipo), posteriormente sua esposa e mãe de suas 4 filhas.

O termo Complexo de Jocasta foi proposto por Raymond de Saussure quase 100 anos atrás. 


Ele designa a ligação afetiva deturpada que algumas mães sentem por seus filhos. 

Uma forma de amor que pode variar desde a superproteção com características simbióticas até fixações sexuais em relação ao filho.

É mais comum encontrarmos a variação do complexo de Jocasta naquela mãe que parece que não quer que seu filho cresça – pois significa que ele se afastaria dela. 

Que seja sempre “SEU bebê”.

Tudo bem, entendo que quase sempre ao mesmo tempo em que os pais ficam contentes por verem o desenvolvimento de seus filhos eles podem sentir aquela tristezinha de vê-los ficando independentes… isso não é sinônimo de complexo de Jocasta. 

O problema ocorre quando os pais não enxergam (negação) que os filhos devem ter outros papéis na vida para que sejam felizes.

É aquela mãe que não aceita nenhuma das namoradas que o filho escolhe… 

Como se o filho ainda fosse dependente e não soubesse fazer escolhas. 

Ela é quem sabe.

É aquela mãe super protetora que vê o filho já grande cometendo atrocidades e ela ainda assim o protege… como se ele fosse incapaz de ser responsabilizado.

É a mãe que o superprotege fazendo tudo por esse filho – desde sua comidinha favorita até se matando para agradá-lo em suas necessidades mais caras e extravagantes. 

Como se ele próprio não pudesse trabalhar ou fazer sacrifícios para realizá-la. 

E o que vem fácil geralmente não tem valor.

A consequência desse tipo de comportamento é um adulto infantilizado e narcisista que não consegue assumir compromissos na vida. 

Espera ser servido. 

Não tem limites e pode manipular os outros em seu próprio benefício por considerar-se muito especial. 

Sim, pois ele sempre esteve neste lugar, neste pedestal. 

E a vida real – e os relacionamentos com as mulheres reais – fica muito difícil de ser levado já que o lugar junto a mãe é muito mais sedutor.

Vou dar um exemplo que pode facilitar o entendimento do que é o complexo de Jocasta:

Conheço uma senhora que tem 4 filhos adultos (entre 30 e 40 anos) e nenhum deles se casou. 

Ninguém prestava para estar com seus filhos. 

E essa sogra se envolvia tanto nos relacionamentos de seus filhos que as pretendentes não aguentavam e iam embora. 

Era uma eterna briga entre nora e sogra. 

Dois desses filhos ainda moram com a mãe.

Essa senhora tem um neto de 8 anos – fruto de um relacionamento falido de um de seus filhos . 

Esse neto gosta muito da avó que sempre o enche de presentes, guloseimas e chupeta(!). 

Presentes caros, guloseimas calóricas e chupeta de bebê. 

Ele é criado pela mãe e sempre quer ir na casa da avó. 

Na casa da mãe as guloseimas são reguladas, a chupeta já foi tirada – com muito sacrifício – e tem brinquedos sim. 

As vezes ganha um mais simples no dia a dia, mas presentes caros são reservados para o natal, aniversário e dia das crianças. 

Como deveria ser.

Essa mãe tem dificuldade para lidar com a sogra pois o nível de sedução por parte da última é muito grande. 

E é problemático na medida em que as consequências desse comportamento sedutor não estão sendo avaliadas por essa avó. 

Ela não colabora para que esse neto se desenvolva para a vida real. 

E aí ficará muito difícil sobreviver e relacionar-se com pessoas reais. 

Sua preocupação é que ele seja seu. 

É um amor onde o outro é visto como uma propriedade.

Agora imaginemos uma situação aonde uma mulher consiga se casar com um homem que seja filho de uma Jocasta dos tempos modernos. 

Esse homem estará ligado primeiramente à mãe. 

Sua esposa não tendo o marido consigo possivelmente fará essa ligação com os filhos, repetindo a história.

Uma mulher que não tem o marido para si ainda pode ter vida própria e não ver nos filhos toda a responsabilidade por sua realização.

Quando os pais são felizes e exercem outros papéis (profissional, social, sexual, etc.) os filhos ganham esses mesmos direitos e a educação não será sinônimo de dívida e sedução e sim de amor, preparação para a vida e apoio.

É a velha e sábia história que diz que os filhos devem ser criados para o mundo…

Autora:      (clique no nome e entre no Site)

XENIA BIER - Deus.wmv



Xenia Bier, você está fazendo muita falta, por onde anda essa MULHER inteligente e VALENTE???

sábado, 24 de agosto de 2019

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A vida é curta...


                                              A vida é curta

Um simples adesivo, fixado num vidro de carro, revela uma filosofia de vida muito perigosa.

Diz assim: A vida é curta. 


Quebre algumas regras.

Precisamos analisar essa cultura do Aproveite a vida, pois ela é curta, com bastante cuidado.

Percebemos que esse tipo de entendimento circula pelo mundo fazendo muitos adeptos que, por vezes, caem em armadilhas terríveis, sem perceber.

Parece haver em muitas pessoas uma aversão a regras, a leis, mesmo quando essas servem apenas para regular a vida em sociedade. 

Por isso, tão necessárias.

É a repulsa à responsabilidade que ainda encontra forças em tantas mentes que teimam em não crescer.

Quebrar regras simplesmente por diversão ou por achar que a vida está muito certinha – como se fala – é atitude infantil, imatura e perigosa.

Basta, por exemplo, uma única vez, extrapolar na velocidade na condução de um automóvel para se comprometer uma vida toda.

Uma brincadeira, um simples pega, pelas vias de uma cidade, para se colocar em risco um grande número de vidas, inclusive a própria.

Assim, não é um tipo de regra que pode ser quebrada de quando em vez.

Por que quebrar regras para se aproveitar a vida? 

Quem disse que para se curtir cada momento da existência com alegria, precisamos infringir leis?

Aproveitar a vida não significa fazer o que se quer, quando e onde se queira. 

Esta é a visão materialista, pobre e imediatista do existir.

Aproveitar a vida consiste em fazer o que se deve fazer, determinado pela consciência do ser espiritual, que sabe que está no mundo por uma razão muito especial.

O ser maduro, consciente, encontra no caminho do bem, da família, do amor, sua curtição, sem precisar sair por aí quebrando regras e infringindo leis.

* * *

A vida é curta ou longa. 

A escolha está em quem vive.

Ela é curta para os que desperdiçam tempo na ociosidade. 

Longa para os que se dedicam a uma causa nobre.

A vida é curta para os que acompanham os filhos crescerem de longe. 

Longa para os que aproveitam cada instante, cada beijo de bom dia, cada beijo de boa noite.

A vida é curta para os que acham que os vícios não fazem mal. 

Longa para os que desenvolvem hábitos sadios para seus dias.

A vida é curta para os que acham que a vida é uma só. 

Longa para os que já descobriram que o Espírito é imortal, já existia antes desta vida e continuará existindo depois.

A vida é curta para quem não perdoa. 

A mágoa mata mais cedo. 

É longa para os que buscam a reconciliação, evitando a vingança destruidora.

A vida é curta para quem não sorri. 

A depressão mata mais cedo. 

É longa para quem cultiva o bom humor perante as situações difíceis da existência.

A vida é curta para os vilões. 

Longa para os heróis.

A vida pode ser curta ou longa. 

Cabe a você escolher.

DINHEIRO!!!!