segunda-feira, 20 de junho de 2011

DIREITOS & DEVERES



DIREITOS E DEVERES


Muito se ouve falar a respeito dos direitos do cidadão.

Nunca os direitos foram tão exaltados como nos últimos tempos.

Criam-se códigos e códigos, estabelecendo os mais variados direitos das criaturas.

Tanto o consumidor quanto a criança e o adolescente têm seus direitos assegurados por lei.

A imprensa nunca teve tanta liberdade de expressão como na atualidade.

Isso demonstra um grande progresso, não há dúvida.

Todavia, não podemos esquecer que ao lado de qualquer direito, há também umdever.

Ambos devem andar sempre juntos para serem legítimos.

Mas o que, infelizmente, vem ocorrendo, é que cada um só reclama seus direitos, relegando os deveres ao esquecimento.

O fornecedor que é também, sem dúvida, consumidor, será que pensa como tal nos direitos dos outros quando elabora seus produtos?

Ou será que só se lembra dos direitos do consumidor na hora de reclamar os seus direitos?

A criança e o adolescente, será que são alertados de que também têm deveres para com a sociedade em que vivem?

Há cidadãos que gritam alto pelos direitos de protestar, de fazer greve.

Alegam que a greve é um instrumento legítimo para quem quer ver seus direitos respeitados.

Todavia, o que não levam em conta tais cidadão, é o direito das outras pessoas.

A greve será um instrumento legítimo sempre que, com esse ato, não se esteja desrespeitando o direito dos outros.

Se desrespeitar, por mais justa que seja a discussão, a greve já não será legítima.

Poderá até ser legal, mas não será honesta.

Não podemos desejar, como pessoas lúcidas que pretendemos ser, que o nosso direito afronte o direito do nosso semelhante.

Quando estamos discutindo com o patrão por causa do salário, por exemplo, é um direito que temos, e é um dever do patrão pagar-nos o que nos seja devido, mas a comunidade à qual servimos não tem que pagar o preço da nossa contenda.

Se o médico deixa de atender aos doentes, não é o patrão que ele está afrontando.

Passa a dever à comunidade, por que fez juramento de salvar vidas, e não de salvar vidas quando ganhasse bem.

Se o professor deixa centenas de crianças analfabetas, está faltando com o sentimento de fraternidade e com o dever assumido perante a própria consciência.

O chofer ou o cobrador não devem, em nome do seu direito, deixar toda uma comunidade sem condução, quando sabem que os trabalhadores que dela dependem terão descontados os dias faltados, porque, em tese, o patrão não vai querer saber se há greve ou não.

As pessoas comuns precisam poder ir e vir, já que os mais abastados não viajam nos coletivos.

Assim, se estamos nos sentindo acossados pelos baixos salários, violentado pelos maus tratos profissionais, ou se temos qualquer outra dificuldade a acertar em termos funcionais, a nossa pendência será com o patrão, seja ele o Governo, seja o empresário da iniciativa privada.

Jamais o povo, já demasiadamente desrespeitado, humilhado, desconsiderado.

***

O dever principia sempre, para cada um de nós, do ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranqüilidade do nosso próximo e acaba no limite que não desejamos que ninguém transponha com relação a nós.

O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo.



sábado, 28 de maio de 2011

Ensinando a cooperar...


Ensinando a cooperar

Na nobre tarefa de educar os filhos, é muito comum vermos os pais pouparem as crianças e jovens de colaboração na manutenção da organização e limpeza do lar.

Não nos passará pela mente, em realidade, que os pequenos ou jovens devam, quando não houver necessidade, ser postos para que realizem trabalhos pesados, que lhes absorvam as horas de estudo e aprimoramento de si mesmos.

Invocamos as possibilidades de aprenderem a arte de auxiliar, de prestar colaboração, o que, a cada dia, se torna mais raro.

São muitas as mães que se transformam em serviçais de seus filhos, não para que cresçam, mas, para que se encharquem nos caldos de terrível egoísmo, sem que aprendam, nos dons do amor, a se fazerem úteis.

Onde o problema de ensinar-se aos pequenos a esticar a cama donde se levantaram?

Onde a dificuldade de fazer-lhes atender a essa ou àquela pequena higiene doméstica?

Onde a impossibilidade de que aprendam a pregar um botão ou costurar uma bainha?

Como ignorar que é importante para os jovens lavar ou passar uma peça do vestuário, para si ou para alguém que precise?

Por que tanto constrangimento em ensinar ao jovem, rapaz ou moça, a passar um café ou preparar um arroz, considerando-se a honra da cooperação fraterna?

Identificamos muitos filhos que se tornaram incapazes pelos caminhos, em razão da displicência ou descaso dos que lhes deviam educação.

Não os deveremos preparar para os tempos de facilidade e abastança, mas para os dias de necessidade e carência, de modo que a incapacidade não os mutile, desnecessariamente.

* * *

Pensemos na educação que estamos oferecendo aos nossos filhos, em como os devemos educar para o mundo.

O lar é a primeira escola.

É onde serão aprendidos todos os valores.

Da mesma forma que nos esmeramos para oferecer a melhor educação escolar aos nossos filhos, lembremos de ofertar-lhes a educação cristã, plantando neles a semente da cooperação.

Os membros de uma família devem se sentir incentivados a se ajudarem mutuamente, sempre que necessário.

* * *

Evoquemos o Divino Mestre, na carpintaria do Pai, cooperando.
Coloquemos a luz do Evangelho em seus corações sem deixarmos, contudo, de lhes ocuparmos as mãos, ainda que seja nos pequenos afazeres domésticos ou da oficina, pois ajudar no trabalho do bem, onde quer que ele apareça, é também evangelização.
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terça-feira, 26 de abril de 2011



ENTRE O EGO E A ALMA
- Silvia Schmidt -
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Enquanto pensarmos que a morte é o que mais separa as pessoas,
o EGO, desde sempre, vem fazendo esse "serviço" muito mais do que ela.
Não há nada que vença o EGO em termos de separações!
E como ele age?
- No casamento e nas relações amorosas da "incompatibilidade de gênios",
homens e mulheres se separam, sem darem chance à flexibilidade que faria
com que ambos - de comum acordo - cedessem um pouco.
Não! Para o EGO não tem acordo quando se trata de ceder.
Seria "rebaixar-se". Ele só entende assim.
- Nas amizades:
Uma atitude ou uma palavra mal colocada são, muitas vezes,
suficientes para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento
as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.
Não! O EGO não admite erros nem pedidos de perdão!
Seria abrir mão da punição! Ele só entende assim.
- Nas famílias:
tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas
vontades, "de ver quem manda aqui", quem ganha a condição de dono da
última palavra. Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco
de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.
- Nas carreiras:
pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas
dessas pessoas gastam a melhor parte de sua vida competindo, vigiando,
farejando os passos das outras, dada a precisão de ser "a melhor".
A consciência de que " o sol nasce para todos" faria isso parar.
Não! O EGO quer ganhar sempre, custe o que custar.
Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.

Em toda situação conflitiva que determina separações o EGO se faz
presente e quer ganhar.
É nos carros, em brincadeiras desnecessárias; é no trabalho, em críticas
contra colegas; é nas escolas, em exibições de notas; é nas guerras,
onde ganhar é questão de vida ou morte; e na vizinhança, em encrencas
vulgares, e assim por diante...Infinitamente...
Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também
está a ditadura do EGO.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas.
NÃO!
Não é a morte o que mais promove apartações!
É O EGO, O FILHO PREDILETO DO ORGULHO.
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Sua ALMA e seu EGO ocupam o mesmo castelo.
Deixe que sua ALMA seja a rainha vitalícia do lugar.
Ela é aquela parte sua que deseja PAZ e RECONCILIAÇÕES.
O EGO é o mal dentro de você.
Dê-lhe um "cala a boca" bem dado.
Assim - e só assim - a VIDA lhe abrirá as portas da
verdadeira e perene FELICIDADE.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A melhor idade do amor.


A melhor idade do AMOR.

A melhor idade do amor.


Sábado, dez horas e vinte e um minutos da manhã.

Chuva insistente de outono.

Um casal adentra uma panificadora para tomar café.

Dois cafés com leite e três pães de queijo, por favor.

Ela parece um pouco agitada. Não tira os olhos dele.

Ele parece tranquilo, dessas pessoas que já conseguem viver num tempo um pouco mais lento do que o do relógio.

A diferença de idade é gritante. Não mais de quarenta, ela.

Próximo aos oitenta, ele.

Ele olha para fora pela janela entreaberta.

Ela sorri, carinhosa.

Todos os seus filhos nasceram aqui nesta cidade?

Ele pensa um pouco... - Sim, todas elas... Três filhas.

E você? Onde nasceu? - Volta a inquirir a mulher.

Eu não sou daqui. Nasci no interior... Longe da cidade.

E o que você lembra de lá?

Ah... Muitas coisas... - Responde ele, com leve sorriso.

Então, silencia.

Parece fazer algum esforço para recordar de algo especial, mas logo desiste.

Volta a olhar para fora, procurando a chuva fina.

Sabe... Acho que tive uma vida feliz...

Ela permanece interessada.

Um interesse de primeiro encontro.

Observa os cabelos brancos dele, a tez um pouco castigada, os olhos azuis.

Respira fundo.

Alguém poderia dizer que é o respirar de quem está apaixonado.

Você só casou uma vez?

- Pergunta ela, com certo embaraço na voz.

Sim. Tereza. Mãe de minhas meninas. Que Deus a tenha.

Ela fica um pouco emocionada e constrangida, repentinamente.

Esboça um sorriso para disfarçar.

Olha para a mesa. Ainda resta um pão.

Pode comer. Já estou satisfeita.

Almoçamos juntos amanhã?

- Pergunta ele, ansioso por ouvir um sim.

Sim... Claro que sim. É dia de almoçarmos juntos.

Você sabe que gosto muito de estar com você, de ouvir suas histórias...

Estou um pouco esquecido hoje, eu acho. Contei pouco...

Não tem problema. - Diz ela, carinhosa.

- Tem dias que a gente está com a memória mais fraca mesmo.

Doutor Maurício disse que é importante ficar puxando as coisas da memória sempre.

Ele diz que é como um exercício físico que fazemos para não "enferrujar".

- Conclui ele.

É verdade... - Ela suspira. - Precisamos cuidar da memória...

Novamente um longo silêncio entre os dois.

Ele volta a vislumbrar o exterior, contemplativo.

Ela nota seu rosto em detalhes, ternamente.

Fecha os olhos, por um instante, como se fizesse uma breve oração, uma rogativa sincera a uma Força Maior.

Volta a abri-los, vagarosamente, e então pergunta:

Pai... Pai... Posso pedir a conta?

Ele acena positivamente. A conta chega.

Ela se levanta primeiro, vai em direção a ele, envolve-o num abraço e o ajuda a levantar.

Aquela era a rotina de todo sábado, às dez horas e vinte e um minutos da manhã, nos últimos dez meses.

* * *

Foram nossos genitores que nos proporcionaram um corpo, abençoado instrumento de trabalho para o nosso progresso, bem como um lar.

Pensando em tudo isso, louve aos seus pais.

Cuide deles, agora quando estão velhos, alquebrados, frágeis ou doentes.

Faça o possível para não os atirar nos tristes quartinhos dos fundos da casa, aonde ninguém vai.

Não se furte à alegria de apresentá-los aos seus amigos e às suas visitas;

Ouça o que eles tenham a dizer.

Quando estejam em condições para isso, leve-os para as refeições à mesa com você.

Retribua, assim, uma parcela pequena do muito recebido por seus genitores anos atrás.


Texto: momento.com.br

DINHEIRO!!!!