sexta-feira, 22 de julho de 2016

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Falando aos pássaros



                                   Falando aos pássaros

Em tempos em que se fala a respeito de meio ambiente, ecologia, mundo sustentável, pensamos em quantas criaturas já nos exemplificaram a importância de viver em harmonia sobre o planeta.

Mesmo porque nós, criaturas humanas, fazemos parte desse meio ambiente. 


Lembramos de Francisco de Assis que, no século XIII tinha cuidados extremos com os animais.

Animais selvagens, maltratados por outras pessoas, costumavam fugir para junto dele. 


Em sua presença, encontravam refúgio.

Frequentemente libertava cordeiros da ameaça da morte porque sentia compaixão. 


Chegava a retirar minhocas da estrada para que não fossem esmagadas pelos passantes.

Ele chamava a todos os animais de irmãos e irmãs.

Narram seus biógrafos, com leves alterações de forma e conteúdo que, certa feita, regressando a Assis, parou na estrada a uns dez quilômetros da cidade.

Estava aborrecido com a indiferença de muita gente. 


Anunciou que provavelmente seria ouvido com mais respeito pelos pássaros.

Ele viu uma multidão de pássaros reunidos: pombos, corvos e gralhas.

Foi em sua direção, deixando seus companheiros na estrada. 


Quando estava bem perto das aves, saudou-as:

Que o Senhor vos dê a paz.

Surpreendeu-se porque os pássaros não voaram. 


Mexeram e viraram seus pescoços e ficaram ali, esperando.

Cheio de alegria, Francisco lhes pediu que ouvissem as suas palavras. 


E discursou:

Meus irmãos pássaros, vocês devem louvar seu Criador. 


E amá-lo sempre.

Ele lhes dá penas para vestir, asas para voar e tudo de que necessitam.

Deus lhes dá um lar na pureza do ar. 


E, embora vocês não plantem, nem realizem colheitas, Ele mesmo os protege e cuida.

Os pássaros abriram as asas e os bicos e continuaram olhando para ele.

Francisco passou por entre eles, indo e vindo, tocando suas cabeças e corpos com sua túnica.

Ao finalizar sua fala, os abençoou e lhes deu permissão para que voassem a outro lugar.

Alguns dirão que isso é lenda. 


Mas é de conhecimento geral que certos homens e mulheres possuem um vínculo singular com animais.

Pessoas sem qualquer treinamento especial, muito frequentemente, parecem saber os gestos ou tons de voz que são tranquilizadores.

E os animais sentem a simpatia, a delicadeza, a boa vontade e reagem a isso de maneiras consideradas, por vezes, maravilhosas.

O que ressalta do fato é que com sua atitude, Francisco ensinava que todas as criaturas na Terra merecem respeito.

Lecionava o amor pela natureza e que podemos estabelecer laços com todos os seres viventes.

Pensemos nisso pois já aprendemos que tudo em a natureza se encadeia por elos que ainda não podemos apreender.

E apoiemos, quanto possível, os movimentos e as organizações de proteção aos animais, através de atos de generosidade cristã e humana compreensão.

Lembremos: a luz do bem deve fulgir em todos os planos.


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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Zeca Baleiro - Mamãe Oxum


Viva a Liberdade para pensar livremente, deixar na mente o desejo de voar e perceber o que lhe convém, diante dos sabores escolhidos e dos saberes preferidos.

Defenda o maior dos tesouros, a Liberdade de Pensar.

E só você tenha poder sobre você mesmo. 

sábado, 9 de julho de 2016

Apesar de tudo...



                                         Apesar de Tudo

Quase sempre quando abatido

Eu me encontro

Me refugiar depressa

Eu vou ao pé da cruz

E de lá com a vitória certa

Eu me levanto

Sem resposta o aflito nunca volta de Jesus

Inimigos meus não sabem qual o meu segredo

Como e de que forma eu sempre sou um vencedor

Apesar dos meus fracassos

Muitos deles não sabidos

Conhecidos em detalhes pelo meu Senhor.

Se julgado e condenado pelos homens fosse eu

Derrotado eu já estaria, assim seria

Ainda bem que me conhece intimamente é o meu Deus

Que apesar de tudo está comigo todo dia.

                              *****

Quando pelas opressões eu fico desolado

E enclausurado eu não falo com ninguém

Me recolho em oração sozinho ajoelhado

Sinto um bálsamo suave que surgindo vem

É preciso as vezes pra subir descer primeiro

E os caminhos do esquecimento conhecer

Se deixar ser amassado pelo grande oleiro

Ser ferido e humilhado pra exaltado ser.

No olho do furacão



                                   No olho do furacão

As dificuldades e os problemas são circunstâncias naturais na vida de qualquer pessoa.

Mais dia, menos dia, as dores nos alcançam e nos tocam, alterando nossa rotina, tirando nosso sono.

De repente, tudo que parecia estável e tranquilo se transforma.

Como se o sol ficasse encoberto por escuras e densas nuvens.

Como se as flores perdessem a cor e o perfume.

De uma hora para outra, o chão parece nos fugir, e a nossa realidade assume uma dimensão jamais imaginada.

De repente, o furacão chega, arrastando consigo nosso sossego e revirando sem piedade nossas existências.

Ora é o emprego perdido, dificultando a manutenção digna da família, diante dos compromissos financeiros assumidos.

Ora são amores que partem, inviabilizando projetos de felicidade e de ventura.

Ou filhos que se afastam do caminho do bem, em busca de prazeres fugidios que, mais adiante, lhes trarão inevitáveis sofrimentos.

Ora são mentiras que nos ferem.

Ora são verdades usadas como armas com o objetivo exclusivo de magoar.

A dificuldade nos chega como uma onda violenta.

Sem alarde ela se aproxima e, subitamente, arrasta-nos sem clemência, destruindo nossos frágeis castelos de areia.

Nesses momentos, as lágrimas turvam nossa visão e a voz do desespero invade nosso pensamento.

Torna-se, então, difícil pensar com clareza e avaliar a situação de modo sereno.

A tendência natural, infelizmente, é afundar nesse charco de tristeza, afogando-nos em mágoas, fechando os olhos para as luzes do dia.

Cremos que nosso sofrimento é o maior do mundo e que ninguém jamais foi tão desafortunado quanto nós.

Fechamos os olhos e só conseguimos visualizar a nossa dor.

Estamos no olho do furacão, vivendo nossa dificuldade em plenitude, incapazes de perceber algo, um pouco mais adiante.

* * *

Quando estivermos numa situação dessas, paremos um pouco e reflitamos.

Não olhemos apenas as pedras do chão que nos ferem os pés, durante a caminhada.

Ergamos o olhar em busca do horizonte e da alvorada que sucede toda noite escura e sem luar.

Percebamos a presença de amigos e de amores que estendem as mãos na tentativa sincera de auxiliar.

Encaremos nossa dificuldade com os olhos da imparcialidade, a fim de dimensionar o problema, sem exageros descabidos.

Procuremos enxergar com mais clareza e avaliar melhor os estragos e as soluções possíveis.

Os contratempos que nos atingem, os problemas que nos afetam, são sempre situações passageiras e que podem ser superadas.

Em tudo que nos acontece, dores e venturas, sucessos e fracassos, há sempre a presença e a Providência Divina.

Não desistir, não sucumbir, é a parte que nos cabe.

Acreditar e superar, eis a nossa missão diária.

Se voltarmos um pouco nossos olhos para a estrada do passado, veremos quantas correntezas violentas e desfiladeiros assustadores já ultrapassamos.

Obstáculos que antes nos pareciam insuperáveis, agora, à distância, ganham contornos diferentes e não nos assustam mais.

Tudo, logo mais, terá passado, até mesmo a tempestade que ora assola, ou o fogo que agora arde e consome.

Cada um de nós, Espírito imortal, sobreviverá sempre, a tudo, amparado eternamente pelo amor do Pai.


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segunda-feira, 4 de julho de 2016

A ÁGUIA e a CORUJA...



                            Problemas desnecessários

Certo dia, uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja.

“Que estranho animal!” - Pensou consigo mesma. 

“Certamente não se trata de um pássaro.”

Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos.

Ao aproximar-se da coruja, perguntou:

“Quem é você? 

Como é seu nome?”

“Sou a coruja.” - Respondeu o pobre pássaro, em voz trêmula, tentando se esconder atrás de um galho.

“Como você é ridícula!” - Riu a águia, sempre voando em torno da árvore.

“Só tem olhos e penas! 

Vamos ver”, acrescentou, pousando num galho, “vamos ver de perto como você é. 

Deixe-me ouvir sua voz. 

Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos.”

Enquanto isso, a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja.

Porém, um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores.

Subitamente, a águia se viu com as asas presas à árvore e, quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas.

A coruja lhe disse:
“Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. 

Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu.

Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?”

* * *

A fábula nos remete a reflexões em torno de nossa própria forma de ser.

É de nos indagarmos quantas vezes, simplesmente pelo prazer de nos imiscuirmos em questões que não nos dizem respeito, criamos problemas para nós mesmos.

Vejamos, por exemplo, a fofoca. 

Quando recebemos uma informação e passamos a repeti-la, de boca a ouvido, ou pelas redes sociais, sem nos indagarmos da sua veracidade, podemos criar dificuldades para nós.

A mais simples é de vermos nosso nome mencionado aqui e acolá, com desprezo ou com reservas, pela forma da nossa divulgação.

Afinal, diz-se, que quem de outro fala mal a um amigo, poderá, em breve, igualmente, desse amigo comentar com terceiros.

Consequência mais grave é nos envolvermos em processo que invoque indenização por dano moral daquele de quem passamos adiante acontecimentos, inverídicos ou não.

Ou podemos ser chamados à barra dos tribunais para prestarmos testemunho exatamente do que divulgamos, sem termos sido a fonte original.

Outro exemplo é nos inserirmos em discussões de terceiros, a respeito de assuntos polêmicos e delicados.

Nossos apartes poderão ser tidos como intromissão indevida e poderemos ouvir apontamentos desagradáveis.

Dessa forma, a fim de evitarmos nos emaranharmos, como a águia, ficando prisioneiros das nossas palavras e atitudes, pensemos bem antes de falar e de agir.

Não nos permitamos divulgar apontamentos desairosos sobre quem quer que seja.

O mal não merece divulgação em tempo algum, salvo se for para salvaguardar o bem-estar de pessoas ou instituições.

Meditemos a respeito.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. A águia,
do livro Fábulas e lendas, de Leonardo da Vinci,
ed. Salamandra.

A fofoca é um ato covarde e nojento!!!!

Ronaldo Perrotta

DINHEIRO!!!!